Uma mulher de 25 anos foi presa pela Polícia Civil sob suspeita de explorar sexualmente uma adolescente de 16 anos em um bar localizado no bairro Bela Vista, em Sorriso, a 286 km de Nova Canaã do Norte. A informação foi divulgada hoje pela delegada Jéssica Assis. O crime ocorreu no dia 9 de maio e faz parte das ações da campanha Maio Laranja, que combate a exploração e o abuso sexual infantil e de adolescentes.
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A delegada Jéssica Assis explicou que a investigação começou após receberem informações de que uma adolescente vinda de Rondônia estava em Sorriso para se prostituir. “Nós recebemos a informação de que uma adolescente teria vindo de Rondônia para Sorriso para fazer programas, para se prostituir e que ela estaria abrigada em um lugar da cidade que trabalharia ilicitamente com esse tipo de exploração sexual”, relatou a delegada.
Os investigadores do núcleo foram até o local e conseguiram resgatar a menor, que foi deixada aos cuidados do Conselho Tutelar. A proprietária do bar, suspeita de facilitar a exploração sexual, foi presa em flagrante e conduzida à delegacia. Após audiência de custódia, ela foi liberada mediante a imposição de medidas cautelares.
A delegada destacou a importância da ação. “Essa é uma ação firme que nós fizemos aqui, principalmente nesse contexto de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, que é algo intolerável. A mercantilização do corpo das nossas meninas, das nossas crianças, adolescentes, é algo que nós vamos combater com veemência, não só nesse mês de Maio Laranja, mas todos os meses do ano”, detalhou Jéssica Assis.
Além disso, a delegada ressaltou que as equipes têm atuado intensamente em escolas e associações sem fins lucrativos para aumentar a conscientização e encorajar denúncias. “Espalhar conhecimento a fim de que toda e qualquer denúncia relativa à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes chegue ao conhecimento da Polícia Judiciária Civil, para que possamos tomar as medidas cabíveis para a proteção das crianças e punição dos infratores”, afirmou.
Jéssica também mencionou a eficácia das ações educativas. “Nas ações que a gente realiza, principalmente em escolas, há relatos, há revelações espontâneas, algumas de abuso sexual infantil. Em Ipiranga do Norte, tivemos algumas situações. São casos que tentamos resolver da maneira mais rápida possível para proteger o menor de idade.”
As denúncias têm aumentado, em parte devido à divulgação do número de WhatsApp da delegacia e do Disque 100, um serviço anônimo para reportar casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. “Temos recebido bastante denúncia, principalmente com a divulgação maciça do telefone do WhatsApp da delegacia, e também por meio do Disque 100, que é uma ferramenta de denúncia anônima que qualquer pessoa pode ligar e efetuar qualquer repasse de informações relativas à situação de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”, concluiu a delegada.