A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), cumpre 19 ordens judiciais contra uma organização criminosa envolvida com furtos de caminhonetes, principalmente nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A ação é realizada na manhã desta terça-feira (04), durante a segunda fase da Operação Kuron.
Segundo a Polícia Civil, são cumpridos nove mandados de prisão e 10 de busca e apreensão.
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A primeira fase da operação foi deflagrada em fevereiro deste ano, e cumpriu 10 ordens judiciais, sendo cinco mandados de prisão, que desarticulou um grupo criminoso especializado em furtos de camionete, em especial.
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A investigação apontaram que os suspeitos se especializaram em uma modalidade específica de furto, em que os veículos são furtados quando estão parados na rua. Durante o furto, os criminosos conseguem abrir e ligar o veículo, saindo normalmente do local.
Desdobramentos
Durante as investigações, foi possível identificar uma outra célula da organização criminosa com atuação nos mesmos crimes, já investigados na primeira fase.
Ainda de acordo com a polícia, entre os alvos, foi identificado que um padrasto e enteada eram responsáveis por alugar imóveis nas proximidades dos locais onde eram realizados os furtos, para guardar o veículo. Em em seguida, ele tinham as placas de identificação trocadas e depois desse processo, a maior parte das caminhonetes eram levadas para fora do Brasil.
A suspeita utilizava uma identidade falsa para alugar os imóveis, e realizava o pagamento dos aluguéis dos imóveis por meio da conta bancária do padrasto. Pelo menos dois imóveis foram alugados pela organização criminosa para este fim, informou a polícia.
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As investigações também apontaram que outro integrante da organização, identificado nas investigações, era responsável por extorquir as vítimas que tinham suas caminhonetes furtadas. Após conseguir os dados das vítimas, ele ligava para elas e exigia valores em dinheiro para que o veículo furtado fosse devolvido.
Falsificação de documentos
Ainda durante as investigações, paralelamente, foram identificados mais dois suspeitos que prestavam serviços aos demais integrantes da organização criminosa, falsificando procurações para utilização em concessionárias de órgãos públicos responsáveis por guardar e apreender veículos.
A falsificação das procurações tinha a finalidade de retirar veículos de propriedade dos integrantes da organização criminosa que eram apreendidos e tinham pendências nos órgãos de trânsito.
Nome da Operação
Kuron significa “clone” em japonês e faz referência à marca dos veículos, que é japonesa, e às peças das caminhonetes que eram clonadas.