O médico Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, sofreu uma punição por violar artigos do Código de Ética Médica e está impedido de exercer a profissão por decisão do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), assinada na terça-feira (21/05). Bruno deve ficar com o registro profissional suspenso até o fim do processo ético-profissional.
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Em abril, o médico, a mãe dele, Ines Gemilaki, e Eder Gonçalves Rodrigues foram presos depois de invadirem uma casa e efetuarem vários tiros por um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel. Os três foram denunciados pelo Ministério Público pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicídio contra o padre e seguem presos.
Em nota, o CRM-MT diz que os conselheiros aprovaram, por unanimidade, a interdição cautelar total do exercício profissional do médico. A análise levou em consideração a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, e a omissão ao não prestar socorro às vítimas.
“O envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica”, diz trecho da nota.
Agora, a decisão precisa ser validada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a defesa do médico tem cinco dias para apresentar recurso.
De acordo com o CRM-MT, a decisão foi tomada com base no seguinte artigo:
Artigo 30: A interdição cautelar ocorrerá desde que existam nos autos elementos de prova que evidenciem a probabilidade da autoria e da materialidade da prática de procedimento danoso pelo médico, a indicar a verossimilhança da acusação, e haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao paciente, à população e ao prestígio e bom conceito da profissão, caso ele continue a exercer a medicina.