InícioNotíciaMato GrossoAdvogado ostenta demais e tem inscrição suspensa pela OAB-MT

Advogado ostenta demais e tem inscrição suspensa pela OAB-MT

Marcos Vinicius Borges diz que não cumprirá prazo para retirar publicações do ar e buscará o Judiciário.

O advogado criminalista Marcos Vinicius Borges, de 37 anos, teve a inscrição suspensa temporariamente pela Ordem dos Advogados do Brasil de Cuiabá por “ostentar” nas redes sociais, algo que é proibido pela instituição desde 2021, conforme o provimento 205/2021, que dispõe acerca da publicidade na advocacia.

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Conhecido como “advogado ostentação”, Marcos mora em Sinop (500 km de Cuiabá) e ganhou repercussão nacional por pegar casos polêmicos em Mato Grosso, como o do jornalista Lucas Ferraz, condenado por violência psicológica e física contra a namorada, Katrine Gomes.

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Além disso, é ele quem patrocina a defesa de Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, criminoso que matou sete pessoas numa chacina registrada em um bar de Sinop, onde ocorriam apostas de sinuca.

O jurista explicou que foi acionado pela Seccional de Cuiabá, que deu um prazo de 24 horas para ele retirar de suas redes sociais qualquer tipo de publicação que envolvesse ostentação, seja de carros, dinheiro e até mesmo o clipe sertanejo que ele participou da dupla João Felipe e Vasconcellos.

“Existe a informação nos autos de um prazo de 24 horas para apagar as fotos da minha rede social, fato que tive ciência após a suspensão e que por ora não será acatado em razão de que na minha visão, isso é inconstitucional. Respeitarei a suspensão e utilizarei esse período para aperfeiçoar meu conhecimento Deixo claro que os clientes não serão prejudicados, pois temos outros profissionais no escritório que manterão o atendimento nesse período”, esclareceu.

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Sobre citarem o clipe no processo, Marcos Vinicius comentou que vê a Constituição Federal sendo “rasgada”, uma vez que possui direitos fundamentais fora da profissão.

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“Creio que esse equívoco será corrigido pelo Judiciário, e não tenho como não expressar uma tristeza onde em um país que está a ponto de liberar o uso de maconha, o profissional ser bem sucedido se torna um crime ético”, ironizou.

O criminalista, que sofreu uma tentativa de homicídio dentro de seu escritório em maio deste ano, também criticou a falta de união da classe.

“Gostaria de ter tido esse apoio da classe quando no exercício da profissão sofri uma tentativa de homicídio e em contrapartida não recebi qualquer amparo do órgão, isso demonstra que alguns pontos precisam ser revistos”, desabafou.

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