Dois servidores da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) foram afastados nesta quinta-feira (31/08) após investigações da Operação Loki, que tem o objetivo de desarticular um novo esquema de fraudes em cadastros ambientais no estado.
Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o esquema contava com a participação de servidores públicos que, se aproveitavam da função que exerciam no órgão ambiental, para facilitar a aprovação de vistorias em troca de propina.
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Em nota, a Sema informou que os dois servidores foram afastados e que colabora integralmente com a operação.
A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ainda expediu mandados para o sequestro de três imóveis rurais e quatro veículos dos investigados.
Como funcionava o esquema
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Alessandra Saturnino Cozzolino, o esquema consistia em aprovar os Cadastros Ambientais com informações falsas e alterar os nomes dos biomas para que imóveis localizados em áreas de floresta amazônica pudessem aumentar a área de desmatamentos em até 65%.
Ao todo, foram realizados desmatamentos ilegais em 20 mil hectares.
Mais de 60 pessoas suspeitas de envolvimento na fraude foram denunciadas. Além disso, já foram levantados prejuízos no valor de R$ 495 milhões e um sequestro de R$ 500 milhões, afirmou a unidade ambiental do Gaeco.