Quatro anos após o desaparecimento do menino Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho, a família segue sem informações sobre a localização e o motivo do sumiço da criança, que desapareceu após, supostamente, pular o portão da casa da avó, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
A Polícia Civil informou que o inquérito segue aberto e que “foram realizados diversos procedimentos, incluindo oitivas de familiares, de testemunhas e vizinhos da criança. Também foram realizadas buscas em diversos locais para esclarecer o desaparecimento da criança”.
Leia também: Caso Davi Heitor Prates: Padrasto Acusado Enfrentará Júri Popular por Homicídio Qualificado
Em entrevista ao g1, a mãe de Samuel, Anelice da Silva Gomes, disse que, desde o desaparecimento do filho, ela foi informada pela polícia que seria atualizada a cada novo desdobramento que o caso tivesse, no entanto, mesmo após tantos anos, a mãe continua sem respostas.
“Meu filho teria 10 anos hoje. Ainda temos esperança, mas não sei sobre a polícia. Acho que se a gente tivesse dinheiro, já teríamos achado esse menino”, pontuou.
De acordo com Anelice, a família voltou a ter esperanças há dois meses, quando recebeu a ligação de um número desconhecido informando que o menino havia sido encontrado em São Paulo. Mas o paradeiro de Samuel nunca foi confirmado e os familiares acreditam ter se tratado de uma tentativa de golpe.
“Ligaram falando que estava com o Samuel, que ele estava vivendo na rua, que tinha virado usuário de drogas e que estava devendo R$ 1 mil para eles, que só iriam entregá-lo se a gente fizesse o pagamento desse dinheiro”, contou.
• Clica aqui para entrar no grupo do WhatsApp do Canaã Notícias
Anelice relatou que, na época do desaparecimento, o principal suspeito era o ex-marido da avó de Samuel, que falava que o menino tinha morrido e que eles não precisavam mais procurar por ele.
“Ele falava para todo mundo que Samuel tinha morrido. A polícia queria tirar o depoimento dele, mas ele sumiu. O nosso maior suspeito pode ser ele”, explicou.
A polícia disse que essa informação não foi confirmada e que, até agora, nenhuma pessoa é investigada pelo possível crime contra o menino.
Em meio a incerteza e a dor da perda, Anelice contou que só queria encontrar o filho. “Se ele tivesse morrido, a gente queria pelo menos o corpo pra poder enterrar”, disse a mãe.