A Polícia Civil concluiu o inquérito que aponta irregularidades em respiradores pulmonares adquiridos durante a pandemia da Covid-19 em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá. Na época, os hospitais brasileiros enfrentavam fortes dificuldades por conta da doença.
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De acordo com as investigações, os equipamentos eram antigos, possuíam registros suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e não atendiam aos padrões de qualidade exigidos para fins terapêuticos.
Os equipamentos foram adquiridos pela Prefeitura de Confresa e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em abril de 2020. A empresa contratada para venda dos respiradores é de Ribeirão Preto (SP).
Os responsáveis pela empresa foram indiciados pelos crimes de alteração de produto, fraude em contrato decorrente de licitação e sonegação fiscal.
O valor total pago por oito respiradores pulmonares foi de R$ 480 mil. Metade do valor empregado foi arrecadado junto à população de Confresa, em uma campanha realizada pela CDL do município.
Segundo o delegado responsável pelo caso, as medidas cabíveis estão sendo tomadas para que os envolvidos sejam responsabilizados e os processos de compras futuras sejam feitos com transparência.