Bruna Tatiane Evangelista Felski, de 26 anos, que estava gestante na época do crime e matou o irmão e o pai da suposta ex-amante do marido dela, em Terra Nova do Norte, a 115 km de Nova Canaã do Norte, foi indiciada pela Polícia Civil por duplo homicídio qualificado. Segundo a polícia, o marido da mulher também foi indiciado pelo mesmo crime e porte ilegal de arma de fogo.
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Bruna foi indiciada por ter matado a tiros Genuir de Barros, de 67 anos, e o filho dele Marcelo de Barros, de 37 anos, em outubro do ano passado. Segundo a polícia, a mulher estava acompanhada do marido e da mãe quando foi até a casa das vítimas.
Conforme com o delegado José Getúlio Daniel, a mulher não tinha curso de tiro e teria aprendido a manusear o objeto com o próprio marido.
O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Relembre o caso
Bruna foi até a casa das vítimas para tirar satisfação sobre um suposto relacionamento amoroso entre o marido dela e a filha do idoso. Segundo a polícia, durante a discussão, o pai da autora dos disparos chegou ao local para levá-la embora. No entanto, Bruna foi até o carro do marido, pegou uma pistola e atirou contra o irmão da suposta amante do marido dela.
Na tentativa de defender o filho, o idoso também foi baleado. Segundo a PM, depois dos disparos, o marido conseguiu tirar a arma da mão da mulher, mas ela, a mãe e o pai começaram a agredir a suposta amante com puxões de cabelo e tapas. O pai da suspeita chegou a bater na mulher com um facão.
Os três fugiram do local. O marido de Bruna permaneceu no local e tentou socorrer as vítimas. Depois, ele também desapareceu.
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Dois dias após o crime, Bruna confessou, durante depoimento à Polícia Civil, que atirou contra o irmão e o pai da suposta ex-amante do marido dela para defender os pais. Ela contou que, no dia do crime, estava “cega e desesperada”. Todos estavam alterados emocionalmente, de acordo com o relato.
Ainda segundo a versão de Bruna, após uma sequência de agressões verbais entre os parentes da suposta amante, ela foi até o carro do marido, pegou uma pistola e efetuou os disparos após perceber que eles atacariam os pais dela.
Depois, testemunhas do caso também foram ouvidas pelo delegado. Segundo José Getúlio Daniel, as versões apresentadas foram diferentes do relatado por Bruna.
Vida conjugal
Segundo a acusada, ela conheceu o marido em uma rede social em 2021, enquanto ele trabalhava em uma propriedade rural do município e ela morava em Colíder (MT). Logo em seguida, o casal foi morar junto em uma fazenda. Ela disse que eles sempre tiveram um bom relacionamento.
Ela já tinha um filho antes de se unirem. O casal descobriu a nova gravidez em abril do ano passado e, segundo ela, trata-se uma gestação de risco. No entanto, ela percebeu o marido mais afastado e não se mostrava feliz com o novo filho.
Em setembro, ela encontrou conversas do marido com uma suposta ex-amante no celular dele, enquanto ele dormia. Ela perguntou ao esposo sobre as mensagens, mas ele negou o caso extraconjugal. Com a situação, o homem passou a morar com a mãe dele.