As fraudes e lançamentos indevidos encontrados nas demonstrações financeiras da Americanas e informados pela companhia nesta terça-feira (13/06), somam mais de R$ 40 bilhões em números preliminares e não auditados.
O valor considera também operações de crédito e financiamento contabilizados de forma inadequada no balanço da varejista. A empresa está em recuperação judicial, após encontrar o rombo contábil no início deste ano.
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Segundo a empresa, as fraudes nas demonstrações financeiras se davam por meio da chamada Verba de Propaganda Cooperada (VPC) — uma quantia negociada entre a indústria e o varejo e que serve, entre outras coisas, para cobrir eventuais custos com publicidade e propaganda.
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Além disso, de acordo com a Americanas, também foram encontradas operações de crédito e financiamentos feitos pela companhia junto a instituições financeiras e fornecedores que não foram contabilizados de forma adequada.
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Esses contratos normalmente são firmados entre a indústria e o varejo, ou seja, são pagos pelos fornecedores aos revendedores ou empresas atacadistas e varejistas e, além de serem usadas para cobrir eventuais custos com publicidade e propaganda, também servem para impulsionar as vendas de determinados produtos.
Nesses acordos, os varejistas e revendedores estipulam um preço fechado para esse tipo de contrato, no qual podem negociar um planejamento de marketing e detalhes sobre a apresentação do produto do fabricante nas lojas — como prateleiras e gôndolas com espaços privilegiados e anúncios específicos nos corredores, por exemplo.