Aconteceu nesta última quinta-feira (18/01), na Câmara Municipal de Nova Canaã do Norte, o júri popular que envolveu o réu R.N.C., de 32 anos, acusado de tentativa de feminicídio por motivo torpe e motivo fútil. O caso gerou intensa atenção da comunidade local devido à gravidade das acusações.
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O réu, representado pela equipe de defesa composta pelos advogados Dr. Laudemar Pereira, Dra. Luana e Dra. Beatriz Almeida, conseguiu uma reviravolta no caso ao desclassificar a acusação de tentativa de feminicídio para lesão corporal de natureza leve. A defesa argumentou que não havia intenção de matar por parte de R.N.C., mas sim uma situação decorrente de uma discussão conjugal acalorada com sua companheira.
Os eventos desencadeadores do caso se deram durante uma acalorada discussão entre R.N.C. e sua esposa, culminando em uma lesão corporal leve perpetrada pelo réu contra a vítima, que era sua esposa.
Diante do corpo de jurados, a defesa do réu foi capaz de convencê-los de que não existiam elementos suficientes para sustentar a condenação por tentativa de feminicídio. Contudo, mesmo com a desclassificação, o Juiz Dr. Ricardo Frazon decidiu aplicar uma pena de 1 ano e 10 meses pelo crime de lesão corporal. R.N.C. terá o direito de responder em liberdade.
O desfecho do julgamento levanta discussões sobre a sensibilidade e interpretação da legislação em casos que envolvem violência doméstica, destacando a importância de um sistema judicial eficaz e compassivo na abordagem dessas questões delicadas.