O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) anunciou que o período de proibição do plantio da soja terá início na próxima quinta-feira, 15 de junho, e se estenderá até 15 de setembro. Essa medida, anualmente adotada, é uma estratégia para evitar a multiplicação da ferrugem asiática, uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, durante a entressafra.
De acordo com a portaria nº 781 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o vazio sanitário da soja em Mato Grosso terá a duração de 90 dias. A coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana Amaral, explicou que esse prazo contribui para diminuir a incidência do fungo. A medida tem o objetivo de reduzir a quantidade de esporos causadores da ferrugem asiática e retardar o surgimento da doença na próxima safra.
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Durante o período do vazio sanitário, o Indea realizará fiscalizações nas propriedades agrícolas e, se necessário, coletará amostras para análise no Laboratório de Sanidade Vegetal. Os produtores que descumprirem a medida fitossanitária estarão sujeitos a multas e à destruição das plantas vivas de soja.
A ferrugem asiática é uma doença que afeta diretamente as plantas de soja, causando o amarelecimento e o bronzeamento das folhas, bem como sua queda prematura. Isso impede a completa formação dos grãos, resultando em um menor tamanho, rendimento e qualidade do produto colhido.
Segundo os dados do Indea, na safra 2022/2023, foram cadastradas um total de 13.930 propriedades com plantio de soja, abrangendo uma área declarada de mais de 10,6 milhões de hectares. Essas propriedades são administradas por 8.390 produtores.
Com a implementação do vazio sanitário, as autoridades esperam reduzir significativamente os danos causados pela ferrugem asiática e garantir a saúde e a produtividade das lavouras de soja em Mato Grosso.