InícioAgronegócioIntegração Lavoura-Pecuária-Floresta contribui para descarbonização e saúde do solo

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta contribui para descarbonização e saúde do solo

O pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, explica que para ser considerado saudável o solo precisa ter estrutura bem desenvolvida.

Práticas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) podem promover a melhoria da qualidade do solo, segundo estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste. O solo saudável é sinônimo de alto rendimento para o produtor e é fundamental para a segurança alimentar.

Além disso, a regulação do fornecimento de água, controle das emissões de gases de efeito estufa, armazenamento de carbono, ciclagem de nutrientes, manutenção da biodiversidade e controle biológico são algumas das vantagens ambientais proporcionadas por um solo bem manejado.

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O pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, explica que para ser considerado saudável o solo precisa ter estrutura bem desenvolvida, teor adequado de matéria orgânica, propriedades físicas, químicas e biológicas favoráveis ao crescimento das culturas.

Por isso, os sistemas integrados são estratégias recomendadas pela Embrapa para aumentar a produtividade agropecuária e produzir com sustentabilidade, com foco na descarbonização. A produção de grãos, pastagens e florestas na mesma área pode fornecer vários serviços ambientais: sequestro de carbono, aumento e conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade do solo, da água e do ar.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta contribui para descarbonização e saúde do solo. Foto/Reprodução Acrimat

“A adoção dessas práticas de manejo sustentáveis também gera vários benefícios socioeconômicos, em particular para os pequenos e médios produtores, cujos meios de produção dependem diretamente do recurso solo”, explica Bernardi.

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Mesmo com todos esses benefícios, os solos nem sempre são conservados. Há muitas áreas degradadas para serem manejadas de forma adequada e tornarem-se saudáveis. A ciência pode contribuir por meio de tecnologias já disponíveis para o setor. Soluções tecnológicas como os sistemas integrados, um pouco mais complexos, mas viáveis economicamente; práticas da fixação biológica de nitrogênio (N), controle biológico e plantio direto colaboram para a sustentabilidade do solo e, por consequência, do planeta.

Bernardi recomenda: evitar e minimizar a erosão e a acidificação; impedir e reduzir a compactação; aumentar a infiltração e armazenamento de água; elevar o teor de matéria orgânica; favorecer o equilíbrio nutricional e a ciclagem de nutrientes; prevenir e mitigar a salinização; prevenir e evitar a contaminação; e, preservar e aumentar a biodiversidade. Assim, o manejo sustentável garante um solo mais saudável e, como resultado, a segurança alimentar esperada pela FAO.

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