Informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE) indicam que o setor de feijão conta com pouca disponibilidade das variedades “preto”, “carioca” e “caupi”, o que acaba preocupando o mercado. De acordo com Marcelo Lüders, presidente do Instituto, a situação para os empacotadores não é boa.
“Para os empacotadores, a situação vai ficando bastante delicada. Se estar entre produtor e supermercado nunca é bom, agora, então, nem se fala. Feijão batendo recorde de preço para o período e até agora não se ouve falar em alta no varejo. Ao manter ontem os R$ 425 no interior, alguns produtores, raríssimos, diga-se de passagem, não venderam”, comenta.
Além disso, ele afirma que os empacotadores seguem distribuindo a cota e estudando os supermercados para analisar friamente a situação. No entanto, a partir de dezembro é possível que um volume maior possa ser colhido e, isso, somado às férias e ao tempo de “parada” para a copa do mundo, acabam sendo um ponto positivo para o setor, fazendo com que não falte feijão.
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Por outro lado, alguns empacotadores estão distribuindo cota para os vendedores e estudando alguns supermercados caso a caso. “Sem uma marca de segunda linha, pois o Feijão que não escurece tomou conta do setor, a opção está sendo o Feijão-preto. Ontem à noitinha, foi reportado um lote de Feijão-bico-de-ouro vendido por R$ 350 no noroeste de Minas Gerais. Dezembro vai começar e não há indícios de maior volume a ser colhido. O que deve contribuir um pouco para manter o mercado sem uma disparada muito maior serão os dias de férias coletivas em um mês com paradas para copa do mundo”, conclui.